Cascais, a nossa magnífica construção comum, tem nas suas Associações os mais sólidos pilares da liberdade, da solidariedade e do progresso.
Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais.
A história do último século em Cascais podia ser contada através do estudo do seu movimento associativo. A sua presença é indelével em todos os domínios da vida social do concelho. Desde 1870 que Cascais se transformou no refúgio preferido da Família Real, da Corte e dos seus seguidores, no período do ano consagrado aos banhos de mar. Para além da praia, os turistas exigiram, então, a criação de novos espaços de socialização, como passeios públicos, jardins, coretos, casinos, teatros e campos adaptados aos desportos da moda.
Desejando beneficiar destes e de outros progressos, cedo os cascalenses participariam na difusão do associativismo, por meio da criação de locais próprios para convívio e recreação, onde a música, a dança, o teatro e o desporto foram conquistando adeptos. Num período marcado pelo desenvolvimento da consciência cívica e de classe promoveriam também laços de solidariedade capazes de suprir algumas das necessidades da comunidade, como o socorro em caso de incendio ou inundação, a assistência na doença, a disseminação da instrução ou o apoio aos mais desfavorecidos mercê da incapacidade demonstrada pelo Estado para assumir devidamente estas funções.
As associações humanitárias e de cultura, recreio, desporto e ensino do concelho promoveram um sentimento identitário em prol do espírito dos locais onde se fixaram, enraizando e dando representação às comunidades que as dirigiam, contribuindo para a constituição de um concelho uno mas plural