Numa parceria entre a Câmara Municipal de Cascais, a Paróquia de Cascais e a Associação Napoleónica Portuguesa, retoma-se, dia 13 de junho, às 15h00, a tradicional Procissão em Honra de Santo António, padroeiro do concelho. O cortejo religioso será precedido pela bênção da imagem do Santo, junto à Cidadela de Cascais, onde se aquartelou o Regimento de Infantaria N.º 19, que nas batalhas da Guerra Peninsular (1807-1814) fazia seguir à frente das tropas, montada numa mula branca, uma imagem similar, hoje preservada no Museu do Buçaco. A procissão, que contará com guarda de honra de militares trajados com uniformes do século XIX, como os do Regimento de Cascais, percorrerá algumas das mais antigas vias da vila, terminando na Igreja Matriz, onde a imagem ficará exposta para veneração.
Procissão de Santo António em Cascais
Durante séculos o litoral de Cascais foi conhecido como Costa de Santo António, cujo nome foi utilizado para batizar e proteger edifícios como a Torre de Santo António, mandada construir em Cascais por D. João II, c. 1490, que viria a ser integrada na Fortaleza de Nossa Senhora da Luz e depois na Cidadela de Cascais; ou a Igreja do Convento de Santo António do Estoril, pertença da Ordem dos Franciscanos, a que este santo aderiria e à qual ficou para sempre ligado. Edificada no século XVI, no local onde já existia uma ermida, foi praticamente destruída pelo terramoto de 1755. Aquando da sua reconstrução, seria aumentada, vindo a ser dotada de uma imagem de Santo António num nicho da fachada principal. É também neste templo que se preserva aquela que é considerada a mais antiga imagem de Santo António do concelho, não obstante existirem outras nas igrejas de Nossa Senhora da Assunção (Matriz), da Misericórdia e dos Navegantes, em Cascais; de Nossa Senhora dos Remédios, em Carcavelos e de Nossa Senhora de Fátima, na Parede. O seu nome seria igualmente associado ao Forte de Santo António da Barra, mandado construir por Filipe II de Espanha, em 1590, ou à Quinta de Santo António, em Carcavelos, hoje conhecida por Quinta dos Ingleses, que chegou a possuir uma capela com a sua invocação, arruinada pelo terramoto de 1755.
A evocação antonina no concelho de Cascais relaciona-se, pois, com um importante património cultural ainda existente, que se reforçaria devido à "história" militar deste Santo, que foi também General no Regimento de Infantaria n.º 19 de Cascais, instalado no quartel da Cidadela.
Em 2018, o Coronel Aniceto Afonso, num estudo acerca das unidades militares de Cascais escreveu: «A ligação de Santo António a uma unidade militar começou no Regimento de Lagos, durante as guerras da Restauração, sendo após o tratado de paz de 1668, alistado como praça naquele Regimento por alvará de D. Pedro II, de 24 de maio de 1668. A 12 de setembro de 1683, D. Afonso VI promoveu-o a capitão. Só em 1777, o comandante do Regimento de Lagos fez proposta de promoção a major, através de um texto muito curioso: certifico que não existe alguma nota relativa a Santo António, de mau comportamento ou irregularidade praticada por ele: nem de ter sido em tempo algum açoitado, preso, ou de qualquer modo punido durante o tempo que serviu como soldado raso no regimento: Que durante todo o tempo, em que tem sido capitão, vai quase para cem anos, constantemente cumpriu seu dever com o maior prazer à frente de sua companhia, em todas as ocasiões, em paz e em guerra, e tal que tem sido visto por seus soldados vezes sem número, como eles todos estão prontos para testemunhar: e em tudo o mais tem-se comportado sempre como fidalgo e oficial: e por todos estes motivos acima referidos considero-o muito digno e merecedor do posto de major agregado ao nosso regimento, e de quaisquer outras honras, graças ou favores que aprouver a S. M. conferir-lhe. Em testemunho do que assinei meu nome, hoje 25 de março do ano N. S. J. C. 1777. Magalhães Homem. Em 1807, por decisão de Junot, Santo António foi promovido a tenente-coronel pouco antes de o seu Regimento deixar de existir, voltando a ser pago os seus vencimentos, interrompidos em 1779, por decisão do Marquês de Pombal. A crença transitou então para o Regimento de Infantaria de Cascais a propósito de um reencontro com tropas francesas no lugar de Santo António do Cântaro, no dia 27 de setembro de 1810, em que participaram tropas deste Regimento. A partir daqui a imagem de Santo António, a mesma que estivera em Lagos, acompanhou as tropas que participaram na Guerra Peninsular, mantendo-se depois no quartel de Cascais».
Instituído como padroeiro do Exército, Santo António acompanhava os militares portugueses, vindo, em 1810, as tropas do Regimento de Infantaria n.º 19 de Cascais a destacar-se na Batalha do Buçaco, numa vitória retumbante, que parece ter sido motivada pela liderança do seu comandante que os liderou, montado numa mula branca.
Caracterizam igualmente o concelho de Cascais todas as manifestações de carácter religioso e pagão que têm lugar no âmbito do património cultural imaterial e se realizam nas várias localidades do concelho, como festas populares, marchas, atuações musicais, jogos e procissões.
A ideia da realização de uma procissão de evocação a Santo António em Cascais surgiu em 1959 por iniciativa de Joaquim Miguel de Serra e Moura, então Presidente da Junta de Turismo da Costa do Sol. Um cortejo histórico com carácter religioso implícito, permitia a celebração e evocação ao Santo que acompanhou o Regimento da Infantaria n.º 19 de Cascais nas suas batalhas, tornando-o seu patrono.
1959
No dia 12 de junho, a celebração de Santo António foi imponente, quer na sua realização, quer na participação ativa do povo de Cascais. A cerimónia teve início com uma missa na Capela de Nossa Senhora da Vitória, na Cidadela de Cascais, seguida de um cortejo que saiu desta fortificação, percorrendo a Avenida D. Carlos I e a Avenida Marginal até à Igreja de Santo António do Estoril, onde a imagem ficou até ao dia seguinte, fazendo depois o percurso inverso. A particularidade desta procissão centrou-se num percurso terrestre com recurso a uma mula branca que transportava a imagem do Santo.
O cortejo em honra de Santo António passou a ser bianual, intercalando as suas celebrações com as que se realizavam em Pádua.
1961
As celebrações organizadas em 1961 contemplaram uma cerimónia especial que decorreu a 10 de junho, com a realização de uma missa e bênção do mar. A memória da cerimónia encontra-se registada no Arquivo da RTP.
1963
Cascais assinalou o dia de Santo António, embora sem expressão na imprensa local. Apenas se referiria que em Pádua se prestou homenagem ao Santo no âmbito das comemorações do VII centenário da trasladação do seu corpo para a Basílica de Pádua.
1964
No âmbito das Comemorações do VI Centenário da Vila de Cascais promoveram-se festividades alusivas a este Santo, que contaram com uma delegação de Pádua como convidada de honra. As imagens preservadas no Arquivo Histórico Municipal de Cascais ilustram a imponência da procissão que no tradicional percurso terreste seguiu até à Igreja de Santo António do Estoril.
1966
A 21 de maio, o Presidente da Junta de Turismo anunciou a realização dos festejos de Santo António no âmbito do intercâmbio religioso entre o Estoril e a cidade de Pádua. Esperavam-se cerca de 200 peregrinos italianos e os festejos alargar-se-iam à cidade de Lisboa. As cerimónias tiveram início com a celebração de uma missa no Estoril, a que se seguiu uma visita a Cascais, ao Guincho e um almoço no Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães em honra da delegação italiana. O cortejo histórico, religioso, popular e militar desfilaria depois de Cascais ao Estoril. Deslocaram-se, então, a Portugal as relíquias de Santo António, que há oitocentos anos se conservavam em Pádua.
Em 1966, a procissão decorreu a 8 de junho. O cortejo saiu da Cidadela de Cascais e percorreu a Avenida Marginal até ao Estoril, sendo constituído por cerca de mil figuras integradas nas diversas representações de caráter religioso, histórico e militar. Depois da missa celebrada pelo Bispo de Pádua na Igreja de Santo António do Estoril, os membros da peregrinação e entidades oficiais passerm pelo Estoril, Cascais e Guincho, dirigindo-se posteriormente ao Parque Palmela, em Cascais, onde se inaugurou um arruamento com o nome de Avenida de Pádua.
1968
A cidade de Pádua ofereceu uma relíquia de Santo António à Sé Patriarcal de Lisboa, reconhecendo, assim, que Santo António é também pertença de Lisboa. As celebrações deste ano iniciaram-se em Cascais, com a realização da procissão no dia 12 de junho, a sair da Cidadela de Cascais, seguindo pela Avenida D. Carlos I, Alameda dos Combatentes da Grande Guerra, Jardim Visconde da Luz, Praça Francisco Sá Carneiro, Avenida Marginal e Igreja de Santo António do Estoril. O cortejo foi retomado a 13 de junho com o regresso à Capela da Cidadela, acompanhado do Bispo de Lisboa, do Pároco de Pádua e do Padre Almeida, que assumiu a Paróquia de Cascais até este ano.
1969
No dia 14 de junho a Junta de Turismo da Costa do Sol promoveu os festejos de Santo António com um espetáculo musical a cargo da Sociedade Musical de Cascais e fogo de artifício, que estão registados no Arquivo da RTP. A partir deste ano, abre-se um período de contestação por parte da Igreja Católica, acerca do qual até agora ainda não conseguimos obter documentos, pelo que a realização da procissão em honra de Santo António apenas se voltaria a repetir em 1981. Neste período de interregno tiveram, ainda assim, lugar os tradicionais festejos populares em honra do Santo, com desfiles de marchas, provas de hipismo, concursos de montras e o fogo de artificio que a Junta de Turismo da Costa do Sol sempre promoveu.
1981
Por iniciativa da Sociedade de Propaganda de Cascais, em colaboração com o Centro de Instrução de Artilharia Antiaérea e de Costa (CIAAC), a Câmara Municipal de Cascais, a Junta de Turismo e a Paróquia de Cascais, retomar-se-iam as celebrações da procissão de Santo António, mantendo-se a tradição do transporte da imagem do Santo numa mula branca, acompanhada por soldados com os uniformes do antigo Regimento da Infantaria 19. A procissão percorreria as ruas do centro histórico, tendo como ponto de partida a Capela de Nossa Senhora da Vitória, na Cidadela, passando pela Igreja Matriz e variando o percurso por outras artérias da vila.
O arquivo da Sociedade de Propaganda de Cascais, preservado no Arquivo Histórico Municipal, contém documentação que regista estes percursos e as suas alterações entre 1984 e 2009. Se em 1984 o percurso teve início na Igreja Matriz, passando pelas Avenidas Vasco da Gama e Emídio Navarro, Rua dos Navegantes e regressando à Igreja para recolher à Cidadela, já em 1987 sairia da Igreja Matriz em direção à Rua dos Navegantes, descendo depois a Rua Marques Leal Pancada e seguindo pela Avenida D. Carlos I até chegar à Cidadela de Cascais.
1989
Este ano trouxe nova alteração ao percurso da procissão. Saiu da Igreja Matriz em direção à Igreja dos Navegantes, passou pela Rua do Regimento 19 de Infantaria e pela Câmara Municipal de Cascais e subiu a Avenida D. Carlos I em direção à Cidadela. Esta mudança permitiu criar uma nova dinâmica nas ruas do centro histórico, permitindo a mais residentes acompanharem a procissão a partir das suas casas engalanadas.
1990
No dia 13 de junho a tradicional procissão partiu da Igreja Matriz para o centro histórico da vila e contou pela primeira vez com a presença da imagem de Nossa Senhora do Cabo.
1992
Em 1992 as cerimónias religiosas tiveram início na Capela de Nossa Senhora da Vitória, na Cidadela de Cascais. A procissão saiu da Igreja Matriz rumo à baixa da vila, passando pelas ruas principais.
1993
Neste ano a procissão contou, como habitualmente, com a participação de várias individualidades, coletividades e bandas, que se juntaram à população que aguardava a sua passagem. O percurso do cortejo manteve-se, percorrendo, assim, as principais ruas da vila.
1995
No âmbito das comemorações do 800.º aniversário de Santo António, a Câmara Municipal de Cascais atribuiu-lhe a medalha de Mérito Municipal. O facto de ter decorrido a 13 de junho uma comemoração nacional centralizada em Lisboa, levou à transferência das celebrações cascalenses para o dia 18 de junho. Realizou-se, então, a tradicional missa e a procissão, que foi acompanhada pelos Bombeiros Voluntários de Cascais e pela banda da Sociedade Musical de Cascais que, saindo da Igreja Matriz, atravessou a Rua dos Navegantes, para depois se dirigir à Avenida D. Carlos I e à Cidadela.
Notícia.
1996
As cerimónias deste ano não trouxeram novidade no programa destinado a homenagear Santo António que, após a cerimónia eucarística realizada na Capela de Nossa Senhora da Vitória, na Cidadela de Cascais, seguiu para a Igreja Matriz, passou pelas principais ruas de Cascais e regressou de novo à Capela.
1997
Neste ano, uma vez mais a imagem de Santo António guardada na Capela de Nossa Senhora da Vitória, na Cidadela de Cascais, saiu em procissão, para a Igreja Matriz e para um périplo pelas ruas da vila, acompanhada de uma multidão.
1998
A procissão voltou a percorrer algumas ruas da vila de Cascais com a imagem de Santo António no dorso da mula branca, mantendo viva esta tradição. Embora tivesse perdido o brilho do período em que anualmente alternava com as cerimónias realizadas em Pádua, por iniciativa da Junta de Turismo da Costa do Sol, a organização, agora a cabo da Sociedade de Propaganda de Cascais com o apoio da Câmara Municipal de Cascais e da Junta de Turismo da Costa do Estoril, preparou um programa que contava com a habitual missa no dia 13 de junho na Capela de Nossa Senhora da Vitória, na Cidadela de Cascais, seguida da procissão para a Igreja Matriz, percorrendo depois várias ruas da vila, para regressar à Capela.x
1999
Por se tratar de dia de eleições a tradicional procissão de Santo António passou quase despercebida, tendo-se realizado apenas um pequeno percurso entre a Cidadela de Cascais e a Igreja Matriz.
2000
Num esforço para que as tradições das celebrações antoninas não se perdessem, a Sociedade de Propaganda de Cascais, o CIAAC e a Câmara Municipal de Cascais
promoveriam a realização de um cortejo acompanhado pela banda da Sociedade Musical de Janes e Malveira, que substituiu a da Sociedade Musical de Cascais. A procissão saiu à rua depois da missa na Igreja Matriz, dirigindo-se à baixa de Cascais e regressando depois à Cidadela.
2002
As principais artérias do coração da vila de Cascais encheram-se de curiosos e devotos para verem passar a procissão e a pequena imagem de Santo António no dorso de uma mula branca, regressando depois à Capela de Nossa Senhora da Vitória. A imprensa regista que nos últimos anos a organização do cortejo se debateu com a incompreensão dos comerciantes instalados no Largo de Camões que, não obstante os atempados pedidos de colaboração, raramente o fizeram retirando as esplanadas. Consequentemente, a Sociedade de Propaganda de Cascais decidiu levar a procissão para a Alameda dos Combatentes da Grande Guerra, alteração que permitiu dar outra dimensão e maior dignidade ao préstito.
2003
Na imprensa local não encontramos notícia da realização da procissão de Santo António, sendo, contudo, muito provável que possa ter acontecido, como se regista em documentação preservada no arquivo da Sociedade de Propaganda de Cascais.
2004
Com o apoio da fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Cascais, alguns militares, um grupo de escuteiros, mulheres e crianças vestidas com trajes típicos de varinas, alguns elementos da Tuna Sénior do Centro de S. Miguel das Encostas, a Banda da Sociedade de Cascais e muitos fiéis, a procissão partiu da Igreja Paroquial rumo à vila, percorrendo as principais ruas da baixa.
2005
A celebração eucarística marcou o início do programa festivo do dia de Santo António. A imagem permaneceu na Igreja Matriz para veneração dos fiéis, saindo depois em procissão que percorreu as principais artérias da vila.
A cópia da imagem que durante muitos anos esteve na Capela de Nossa Senhora da Vitória, na Cidadela de Cascais e que foi transferida para o Regimento de Artilharia Aérea n.º 1 de Queluz, voltou à vila para participar na cerimónia de homenagem ao santo padroeiro. Ficou exposta na Igreja Matriz durante a celebração da missa em sua honra e mais tarde saiu para percorrer processionalmente algumas ruas da baixa de Cascais, regressando depois à Igreja.
Centenas de pessoas associaram-se uma vez mais à procissão de Santo António, cumprindo-se o ritual iniciado em 1959. O préstito percorreu as principais artérias do centro de Cascais numa demonstração de fé que, não raras vezes, se confundiria com um saudável orgulho bairrista em manter acesa a chama das memórias que enriqueceram e engrandeceram a vila. O feriado municipal cumprido há muitos anos a 13 de junho acabou por contribuir para o sucesso desta organização, não obstante se esperar que, no ano seguinte, se pudesse verificar alterações já que a Câmara Municipal de Cascais pretendia alterar o feriado para coincidir com o Dia do Município, a 7 de junho.
2008
Ano após ano a tradição conseguiu manter-se e a imagem de Santo António voltou a sair à rua no dia 13 de junho, numa organização conjunta entre as Paróquias do Estoril e de Cascais e a Associação de Armadores e Pescadores de Cascais, com um novo trajeto diferente do habitual. A imagem saiu da Igreja do Estoril e seguiu para a Praia do Tamariz, passando pela zona da piscina oceânica onde se realizou uma missa campal e estiveram presentes centenas de devotos. Após a celebração da eucaristia o andor que transportava o padroeiro do município foi conduzido até ao pontão, de onde seguiu na traineira de António Ramos, Presidente da Associação de Armadores e Pescadores de Cascais. Já na Praia do Peixe, a imagem de Santo António seguiu em procissão pelas ruas da vila acompanhada por centenas de fiéis para a Igreja Matriz.
O ano de 2008 foi o último em que se realizou a procissão, não se conhecendo mais documentação seu propósito até ao dia de hoje.
Enquanto os militares estiveram instalados na Cidadela, as celebrações centravam-se numa missa pelas 10h00, seguida do transporte da imagem do santo até à Igreja Matriz, em andor conduzido pelos militares com todas as honras. Aí permaneceria para veneração dos fiéis até que às 17h00 se iniciasse a procissão, que passava pelas ruas do centro histórico de Cascais, subindo depois pela Avenida D. Carlos I até à Capela de Nossa Senhora da Vitória, na Cidadela. Nestas celebrações participavam ativamente as entidades militares, GNR, Câmara Municipal, Juntas de Freguesia, Paróquia de Cascais, Junta de Turismo, Sociedade de Propaganda de Cascais e outras coletividades. O programa de atividades definido para esta celebração decorria com atuações musicais de carácter cultural e popular, sendo, contudo, de ressalvar a atuação da Orquestra Ligeira do Exército na noite de 12 de junho ou de 13 de junho, como se regista na documentação que integra o arquivo da Sociedade de Propaganda de Cascais.
A excecionalidade na realização desta procissão com percurso alargado em termos geográficos até à Igreja de Santo António no Estoril relacionou-se sempre com celebrações conjugadas com as datas ou a presença de ilustres convidados de honra, no período que decorreu entre 1959 até 1968.
Carmen Pereira e Helena Graça
Direção Municipal de Conhecimento, Património e Promoção Cultural
Departamento de Arquivos, Bibliotecas e Património Histórico
Divisão de Arquivos e Património Histórico