"Requiem por um Império que nunca nos existiu" foi o tema proposto por Eduardo Lourenço, que ali deu uma lição sobre o Império português "que terminou no 25 de Abril, mesmo que muitos dos presentes não tenham idade para se lembrar. Somos sobreviventes de um Império de lembranças", afirmou o Professor.
Eduardo Lourenço pegou nas "Cartas de Guerra" do escritor para a mulher e pediu a Lobo Antunes para comentar "aquela África". Mas o escritor preferiu recordar as suas memórias de quando conheceu o outro orador e agradecer terem voltado a estar juntos. E garantir que "o Eduardo é a pessoa que melhor sabe explicar o nosso país e o que somos, garantiu o escritor.
Mais tarde, Eduardo Lourenço mostrou-se agradavelmente surpreendido com a "grande afluência de público" e, sobretudo, por grande parte dele ser "tão jovem", elogiou este tipo de iniciativas e desejou que "tenham a continuidade que merecem".
De facto, o público acorreu em grande força às várias iniciativas do festival. Foram mais de 1700 pessoas a assistirem aos 14 encontros de escritores e intelectuais, sob a égide deste FIC. 650 Espectadores aderiram à iniciativa do Cinema ao Ar Livre, tendo sido 6.000 no concerto de Salvador Sobral, nos jardins do Casino Estoril.