A atual igreja matriz de Cascais "resulta da reconstrução seiscentista, atribuída ao arquiteto João Nunes Tinoco (também autor do risco do retábulo-mor), de um templo já existente no século XVI", salientou o Ministério da Cultura, no diploma legal que atribuiu a classificação.
O edifício da igreja, localizado no centro histórico de Cascais, "na proximidade da zona costeira e de vários imóveis com interesse cultural", tem elementos "que denotam as diversas épocas de construção, sendo a fachada já posterior ao terramoto de 1755", acrescentou a entidade ministerial.
"A simplicidade do exterior contrasta com a riqueza decorativa da nave e dependências anexas, que integram notáveis obras de pintura, escultura e talha, e ainda painéis de azulejo de grande qualidade, todos atribuíveis a alguns dos maiores artistas nacionais", justificou ainda o Governo.
Sobre a Igreja de Nossa Senhora da Assunção | Situada na proximidade do Forte da Cidadela e do antigo Convento de Nossa Senhora da Piedade, a matriz de Cascais, sob a invocação de Nossa Senhora da Assunção, é muito antiga. A gravura de Brau, datada de 1572, tem assinalado já uma igreja no local.
O terramoto de 1755 provocou bastantes estragos na igreja principalmente na zona da fachada e do coro-alto, impedindo o seu funcionamento normal. O culto passou a ter lugar na pequena capela de Nossa Senhora da Nazaré – da antiga Casa dos Falcões.
As obras de recuperação da igreja prolongaram-se até ao século XX sendo a mais recente campanha de obras datada de 2009-2010.
Da autoria de Alves André foi inaugurada, a 15 de maio de 2010, no jardim junto à igreja, uma escultura de João Paulo II, canonizado santo a 27 de abril de 2014 pelo Papa Francisco.