A Quinta da Samarra foi provavelmente constituída no início do século XVII. Atualmente dispõe de duas casas nobres que, pela sua arquitetura exterior, parecem remontar aos séculos XVII e XVIII e ao início do século XIX, respetivamente.

A casa mais nobre é de planta retangular e ostenta uma cobertura com três mansardas. Na fachada principal existe uma escadaria em pedra, com um pequeno alpendre, que dá acesso à porta e as janelas ostentam varandins em ferro. A ligação ao jardim, situado a sul da casa e organizado em planta quadrangular, com bancos em pedra ao seu redo, é efetuada por portões aparentemente setecentistas. Aí estão depositadas muitas peças em pedra, com trabalho artístico, de que não se conhece a origem.

Uma outra casa, de traça rural, que também possui planta retangular, está localizada imediatamente a norte da casa principal. É de dimensões bastante mais reduzidas e conta com uma escadaria de acesso ao primeiro andar.

O terreno onde se encontram as estruturas agrícolas e de cultivo organiza-se em socalcos, encontrando-se vestígios de uma antiga levada e nora. Na adega, o lagar possui dois tanques em pedra. Cada um dos compartimentos dispunha de um sistema de prensa de vara com pesos também em pedra, existindo em cada um deles uma bica por onde saía o mosto. Possuía também um mecanismo de prensa manual, mais moderno.

O antigo moinho de vento, hoje adaptado a habitação, parece ter tido dois pisos. No primeiro andar existia um casal de mós, servindo o piso térreo para a seleção e guarda do cereal