Detalhes
Sinopse
António José Branquinho da Fonseca, poeta, tradutor, autor dramático e ficcionista, implementou em Cascais a primeira biblioteca itinerante, que contribuiu, desde 1953, para a difusão da leitura nas localidades mais afastadas da vila, vindo, depois, a replicar este modelo à escala nacional através da Fundação Calouste Gulbenkian.
O 70.º aniversário da sua tomada de posse como conservador do Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães seria evocado na exposição Branquinho da Fonseca: um escritor na biblioteca, de que esta obra constitui mais do que mero catálogo. Tendo por base documentação inédita então recolhida, lança, assim, um novo olhar sobre a vida de um dos protagonistas da geração de 30, a que Pierre Hourcade se referiu como «um dos "feiticeiros" da literatura portuguesa contemporânea». O percurso do poeta-estudante de 1926, paladino da imprensa livre e original, cultor do individualismo, conservador de registos, museus e bibliotecas, divulgador do livro e da leitura, amante fidelíssimo das palavras, pela consciência do valor da sua correta aplicação é, desta forma, reanalisado num estudo destinado a homenagear uma personalidade que ainda hoje nos inspira e ensina a redescobrir perpetuamente o prazer da leitura.