Estrada Marginal
Cascais
Monumento de Interesse Público – Decreto n.º 129/77, de 29/9
Destinado à defesa das praias adjacentes, passíveis de desembarque, este Forte foi edificado entre 1642 e 1646. Implantado sobre a extremidade oriental da baía de Cascais, numa saliência rochosa, era fundamental para a defesa da vila, uma vez que cruzava fogo com a Cidadela. Apresentando uma planimetria fora do comum, devido à sua adaptação à topografia do terreno, possuía uma bateria retangular, que terminava em V, postando-se sobre a escarpa. Na ponta oposta dispunha de alojamentos, cozinha, paiol e casa da palamenta, dispostos em frente da praça de armas. Sobre as edificações existia um terraço com parapeito, ao qual se acedia por uma escada disposta a partir da plataforma da bateria. A sua bateria era maior que a dos seus congéneres, com três peças de bronze e três de ferro, a cargo de três artilheiros, doze soldados e um cabo. Vazado de artilharia logo em 1834, após a vitória liberal, foi adquirido, em 1868, pelos duques de Palmela para aí construírem a sua casa de verão, que em 1873 era já uma das imagens de marca de Cascais. O muro ameado que atualmente se dispõe em volta da propriedade não pertence ao conjunto original da fortaleza, tendo sido edificado quando a casa foi construída, para, em caso de guerra, poder guarnecer-se o local com tropas de infantaria.