Integrada num conjunto de três baterias localizadas a sul da Praia do Guincho – a Bateria da Galé, a Bateria Alta e a Bateria da Crismina – foi projetada e construída em 1762, sob a direção do conde de Lippe, reformador do exército português, quando da entrada de Portugal na Guerra dos Sete Anos.

Estas baterias, muito semelhantes planimetricamente, tinham um corpo angular, com parapeito e plataforma, atrás do qual se edificaria o paiol e o espaço dos aquartelamentos e procuravam compensar as deficiências na defesa desta parcela de costa, face ao perigo de um ataque franco-espanhol. A escolha dos locais para a sua construção obedeceu a um plano estratégico. Desta forma, a Bateria da Galé, erigida numa ponta rochosa, visava impedir, com o apoio do Forte do Guincho, o desembarque inimigo na extensa praia que separava as duas fortificações. Paralelamente, em fogo conjunto com a Bateria Alta, defenderia a enseada próxima. As baterias Alta e da Crismina protegiam também a praia que delimitavam.
Ainda que durante as Guerras Liberais, D. Miguel ordenasse que a Bateria Alta fosse reparada e aprovisionada de novas peças de artilharia e da respetiva guarnição, esta veio, depois, a ser desativada e praticamente destruída, em 1959, aquando da sua transformação no Hotel do Guincho.