O edifício, gizado por César Ianz para os Duques de Palmela, em 1895, apresenta dois corpos justapostos, de planta e volumetria distinta, com alguma desorganização formal, confinando num pequeno pátio centrado, que organiza os diferentes acessos aos edifícios e consequentemente às múltiplas funções para que serviam.

No edifício de maior porte, com dois pisos, a entrada principal é lateral, existindo uma pequena escada de acesso a um quarto e a um espaço comum no piso térreo. Através de uma longa escada acede-se ao primeiro piso, onde se encontravam os quartos dos criados e o palheiro. No piso térreo, ao centro, montar-se-ia a cavalariça, cuja entrada é fronteira ao pátio e, à direita, a cocheira, que ocupava o único piso da construção a sudeste. A cobertura joga com beirados, cumeeiras pontuadas por pináculos cerâmicos e chaminés, sendo as paredes decoradas com cimalhas e vãos emoldurados em cantaria e tijolo.

O edifício hoje existente apresenta diversas alterações relativamente ao projeto inicial, nomeadamente a mudança de duas das primitivas entradas. O conjunto foi ampliado com outro edifício, a noroeste, de cariz habitacional e cuidado desenho formal, cuja data de execução deve remontar ao início do século XX.

Aqui funcionaria o Tribunal do Trabalho de Cascais até que as instalações passaram a receber serviços municipais e, desde 2017, o Julgado de Paz de Cascais