Início / 1.1 | Agricultura: Vestígios arqueológicos (Casal Saloio de Outeiro de Polima)
Início / 1.1 | Agricultura: Vestígios arqueológicos (Casal Saloio de Outeiro de Polima)

1.1 | Agricultura: Vestígios arqueológicos (Casal Saloio de Outeiro de Polima)

EN | PT

Os mais simples gestos necessários para o correto manuseamento dos utensílios agrícolas escondem milhares de anos de sabedoria e de aperfeiçoamento.

Acompanhando a evolução tecnológica proporcionada pelo revolucionário domínio dos metais, a Humanidade recriaria e reformataria os seus instrumentos de trabalho, em busca do aumento da eficiência e robustez, até à introdução das máquinas.

Dos primeiros utensílios produzidos pelo Homem restam, no registo arqueológico, poucas informações. Utilizavam-se simples pedras ou pedaços de troncos de madeira como instrumentos que asseguravam as ações de quebrar ou escavar. No entanto, a necessidade aguçaria o engenho de talhar utensílios de pedras mais duras, como é o caso do sílex, que ao ser fraturado criava gumes aguçados e cortantes.

O domínio da técnica da pedra lascada permitiu a criação das primeiras ferramentas cortantes (facas, raspadores e foices) que posteriormente evoluiriam para instrumentos compostos por vários materiais, de forma a facilitar a preensão. Surgiram, assim, os cabos ou a técnica de embutir pequenos elementos de pedra sobre um suporte de madeira ou de osso, que em conjunto funcionam como serras denticuladas.

Com a sedentarização das populações, ocorrida no período Neolítico, em consequência do incremento da atividade agrícola, desenvolveram-se novos instrumentos de trabalho com recurso à nova técnica da pedra polida, data em que surgem os primeiros machados e enxós.

A descoberta da fundição de metais traduzir-se-ia num universo de novos artefactos, mais duros, robustos e adaptados às funções pretendidas.

A capacidade de criar instrumentos aos quais está associada uma maior dureza – a do cobre, bronze e ferro, surgidos respetivamente no período Calcolítico, na Idade do Bronze e na Idade do Ferro – foi facilitando cada vez mais as árduas tarefas do dia-a-dia.

Tomemos como exemplo a evolução do arado, que inicialmente era apenas composto por um tronco de madeira bifurcado, em que na Idade Média foi introduzido uma extremidade de ferro (relha) que permitia perfurar mais facilmente a terra, até se chegar à charrua de ferro fundido, em meados do século XIX.

Descarregar pdf

+ Sobre cascais