A escritura de compra e venda foi assinada esta segunda-feira, 4 de setembro, entre o município e a Congregação das Beneditinas Missionárias, até agora proprietária do imóvel e do terreno.
"Vender uma casa nossa custa sempre, mas saber que ela vai ser bem aproveitada é uma coisa boa. É algo que compensa a tristeza", disse a Irmã Maria do Carmo, que representou a Congregação das Beneditinas Missionárias, na assinatura do documento. "Está bem entregue à Câmara. Depois de estar tudo pronto, gostaria de lá voltar", referiu a Irmã Maria do Carmo.
"É nossa intenção preservar aquilo que é a identidade", referiu o presidente da Câmara de Cascais na cerimónia de assinatura da escritura, que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho. Carlos Carreiras acrescentou que "vamos preservar a vinha".
O projeto da Câmara de Cascais engloba ainda um Museu da Vinha e do Vinho. "Vamos juntar um outro terreno que faz fronteira com o do mosteiro e fazer o Museu da Vinha e do Vinho, um desejo da população. O projeto estava associado a um plano de pormenor da Quinta do Barão, para ser desenvolvido por privados", adiantou Carlos Carreiras, acrescentando que " os privados não avançaram e agora vai ser concretizado".
O Mosteiro de Santa Maria do Mar, localizado dentro de um polo de desenvolvimento que está a ser criado em Carcavelos, Parede e São Domingos de Rana, será direcionado "para a juventude, ainda mais num ano [2018] em que Cascais será a Capital Europeia da Juventude". O presidente da Câmara salientou que irá nascer no edifício do mosteiro "um espaço de acolhimento, de aproveitamento das competências, do talento e da criatividade dos jovens. Estamos já a trabalhar nesse sentido, para que seja um local vivido, mantendo o Vinho de Carcavelos". "É um desejo antigo do município de Cascais, mais concretamente da União de Freguesias de Carcavelos e Parede", concluiu Carlos Carreiras.
O projeto original do Mosteiro de Santa Maria do Mar é da autoria dos arquitetos Nuno Teotónio Pereira e Nuno Portas. O edifício, que começou a ser construído nos anos 50 do século XX, está integrado numa propriedade de cinco hectares, dos quais 3,5 hectares é uma área de vinha.
